segunda-feira, 5 de julho de 2010

Continuidade

Invade o rastro que deixei
Pra tentar entender o que passei
Segue a esteira de todas as coisas que fiz
Perceberá o quanto cheguei por um triz

No peso que carregava por horas
O suor que ardia nos olhos
Cada porta que me impediu a entrada
Desejo e dor brotando dos poros

Do calor de um Sol sem piedade
Ao frio de uma longa noite cruel
A neblina que me envolveu com saudade
De seguro sorver doce mel

Na solidão de um mar gigantesco
E o abandono que na pele senti
Os gritos de um homem grotesco
A cada dia, com fé, sobrevivi

Não livre de todos esses sentimentos
Permaneço hoje, como não achava ser
Só dominei a arte de congelar momentos
E vejo que pra sempre assim vai acontecer


(Gabriel Holanda)
 
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