Construtor de castelos, minguado
Levava na mochila seu fardo
Viajava por terras estranhas
E sentia saudades medonhas
Não podia evitar serviço
Nem tampouco dar sumiço
Aos pagadores se curvava
Sentia o peito doído
Por não ser compreendido
Pela amada que esperava
E na caixa de correio
Dia a dia dor que veio
Em galope bem rasante
E cravava em si estigma
De merecer dor maligna
Que flagela a cada instante
Mas por que cargas d'água
Se culpava desse jeito
Se ao dormir chorava
Só lembrando do seu leito?
Não se explica o ser humano
Nem a dor que a carta fita
Se ela aguentou um ano
Vai ver então que já não liga
Mas ele acreditava
De teimoso ou de burro
Que o amor que o esmagava
Não cairia com um murro
Espera morena, pensava
São só datas, nada mais
Nem o mundo separava
O que o amor atou a lais
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Day
Doei-me a ti
Antes que percebesse
Ynda lembro do acaso
Avançamos um pro outro
Nenhuma dúvida, valeu!
Atados sempre seguiremos
Bom coração
Risada gostosa
Invasora dos meus pensamentos
Tanto te zelo
Tanto te quero
Obrigado por tudo
Tenha olhos pra mim
E minha alma compreenda
Invocamos felicidade
Xeretando alegria
E agora nosso tesouro
Ive, coisa mais linda
Registra no céu nosso namoro
Amor este, além da vida
(Gabriel Holanda)
Antes que percebesse
Ynda lembro do acaso
Avançamos um pro outro
Nenhuma dúvida, valeu!
Atados sempre seguiremos
Bom coração
Risada gostosa
Invasora dos meus pensamentos
Tanto te zelo
Tanto te quero
Obrigado por tudo
Tenha olhos pra mim
E minha alma compreenda
Invocamos felicidade
Xeretando alegria
E agora nosso tesouro
Ive, coisa mais linda
Registra no céu nosso namoro
Amor este, além da vida
(Gabriel Holanda)
domingo, 5 de setembro de 2010
O Feitiço e o Feiticeiro
Ser humilhado não dói
Ser humilhado não, dói?
Ser não, humilhado dói?
Sermão, humilhando a dor!
Dor humilha o sermão
Humilhando seu irmão toda dor
Irmão que pensa que não dói
Vai pedir piedade ao Senhor
Crucifica o miserável
Miséria é dor que cresce
O que pensa que é louvável
Logo em breve te escarnece
(Gabriel Holanda)
Ser humilhado não, dói?
Ser não, humilhado dói?
Sermão, humilhando a dor!
Dor humilha o sermão
Humilhando seu irmão toda dor
Irmão que pensa que não dói
Vai pedir piedade ao Senhor
Crucifica o miserável
Miséria é dor que cresce
O que pensa que é louvável
Logo em breve te escarnece
(Gabriel Holanda)
Silêncio Profundo
O nível do mar subiu
E meus pés, ancorados ao fundo
Administrei o ar dos pulmões
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Essa voz ecoou no meu vazio
Acordou a fera que dormia calma
Segurei o ar mais um segundo
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Tentei convencer o mar
Mas que bobagem, pretensão
Não se sujar abraçando um ser imundo
Já sem receio de me afogar e sumir do mundo
Finalmente me entreguei
Já não tinha mesmo escapatória
E gritei um silêncio profundo
Desta forma me afoguei e sumí do mundo
(Gabriel Holanda)
E meus pés, ancorados ao fundo
Administrei o ar dos pulmões
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Essa voz ecoou no meu vazio
Acordou a fera que dormia calma
Segurei o ar mais um segundo
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Tentei convencer o mar
Mas que bobagem, pretensão
Não se sujar abraçando um ser imundo
Já sem receio de me afogar e sumir do mundo
Finalmente me entreguei
Já não tinha mesmo escapatória
E gritei um silêncio profundo
Desta forma me afoguei e sumí do mundo
(Gabriel Holanda)
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Maldito Fuso
O sono não vem
A noite não vai
Tento ficar bem
Nada me distrai
Queria cansaço
Me vem consciência
Desisto, dou um passo
Perdi a paciência
Pra não ficar rolando
Progrido nas páginas de um livro
O universo vou desvendando
Solitário no meu "meio-abrigo"
A vista embaralha
Acho que agora vai
Fecho os olhos, me concentro
Mas todo sono se esvai!
Louco, já nervoso
Anseio pela hora do trabalho
Mas o relógio, teimoso
É tão lento quanto falho
Parece ter vontade própria
Ao passo que é sempre do contra
São quase cinco, estou desde uma
Nada me ajudou o mais belo mantra
Quem dera tivesse alguma droga
Ou que eu dormisse só com fé
Escrevendo isto, desisto do sono
Assino e vou tomar café
(Gabriel Holanda)
A noite não vai
Tento ficar bem
Nada me distrai
Queria cansaço
Me vem consciência
Desisto, dou um passo
Perdi a paciência
Pra não ficar rolando
Progrido nas páginas de um livro
O universo vou desvendando
Solitário no meu "meio-abrigo"
A vista embaralha
Acho que agora vai
Fecho os olhos, me concentro
Mas todo sono se esvai!
Louco, já nervoso
Anseio pela hora do trabalho
Mas o relógio, teimoso
É tão lento quanto falho
Parece ter vontade própria
Ao passo que é sempre do contra
São quase cinco, estou desde uma
Nada me ajudou o mais belo mantra
Quem dera tivesse alguma droga
Ou que eu dormisse só com fé
Escrevendo isto, desisto do sono
Assino e vou tomar café
(Gabriel Holanda)
domingo, 22 de agosto de 2010
Teatro da Vida
Papel na mesa, caneta na mão esquerda
O punho direito, calejado, segura meu rostoCotovelo mantém o sistema no lugar
Passo a transcrever a mim mesmo
Ponho meu retrato na janela
A quem passando quiser olhar
Não digo coisas belas, mas reais
Apresento espectativas e memórias
Dispenso enredos teatrais
Talvez ninguém se interesse em minhas histórias
No pão que o diabo amassou,
Passei manteiga e taquei queijo
Quando vi que o cão não gostou,
Sorri pra ele e mandei beijo
Construí castelos de pedra
E cavei buracos profundos
No rio da vida, fui contra a regra
Boiei mesmo pesado, sem nunca tocar o fundo
Fui taxado de louco, apaixonado
Sonhador, burro, delinqüente, safado
Vira-lata, fraco, viajante, bastardo
Mas cruzei um deserto e descansei sobre o fardo
Ainda miro uma longa caminhada
Milhas, trilhas, quadrilhas, qüinquilhas!
Trabalhei toda essa noite enluarada
Fortalecido, na memória, minha filha
Ela sim, só me dá gosto
Vale cada segundo da tortura
Deixo meu peito aberto, exposto
E regurgito qualquer traço de amargura
Se o queixo bate, mordo
Se a vista inunda, seco
Já não me sinto mais morto
Nem choro olhando pro teto
Sangrei vários litros, mas nenhum pingo a esmo
E do que passei, só Deus e eu de testemunhas
Sei que estas linhas, um ou dois vão ler mesmo
Mas gravei as marcas dos meus dentes e das minhas unhas.
(Gabriel Holanda)
sábado, 21 de agosto de 2010
Improdutividade
Tentei fazer um suco de amendoim
Não sei o porquê,
Mas não virou suco
Virou poeira salgada
Acho que deveria ter botado água
Não tinha água
Tinha feijão
Li que um caroço tem 15% de água
Bati junto os 10 caroços que tinha
Continuou seco.
Joguei tudo fora.
(Gabriel Holanda)
Não sei o porquê,
Mas não virou suco
Virou poeira salgada
Acho que deveria ter botado água
Não tinha água
Tinha feijão
Li que um caroço tem 15% de água
Bati junto os 10 caroços que tinha
Continuou seco.
Joguei tudo fora.
(Gabriel Holanda)
Concordância
Nunca fui de concordar
com quem concorda
em não concordar
com qualquer concordância benéfica.
Por vezes, não concordo comigo mesmo.
A anunciação da discordância, por sua vez,
nunca me trouxe benefícios
portanto, mesmo quando não concordo,
doravante sigo concordando.
(Gabriel Holanda)
com quem concorda
em não concordar
com qualquer concordância benéfica.
Por vezes, não concordo comigo mesmo.
A anunciação da discordância, por sua vez,
nunca me trouxe benefícios
portanto, mesmo quando não concordo,
doravante sigo concordando.
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
S(c)em Alma(s)
Diz-se que havia um navio
Desses de madeira, com remendos mil
De um louco capitão que baforava fumaça
Com ervas loucas, fazia pavio
Só de ouvir, senti arrepio
Por almas de cem marinheiros que amassa
Caminha da ponte à proa
Entoando a canção do vento que voa
E só pára engolindo dois litros de cachaça
Ouvi que ele anda com um chicote
E que ama sentir o cheiro da morte
Torturando cada homem que no convés passa
Da prancha alimenta tubarões
Da carne humana, só poupa os corações
Que volta e meia em fogueira assa
Ah! Os olhos! Ele os conserva em cêra
E coleciona em estante de madeira
Pra não cair no esquecimento a desgraça
Sobre cada marujo só penso: coitado!
Como foi perecer pra'quele pobre diabo
Que não vale de um rato nem a raça?
Estou certo que ouviu falar de mim
E na imensidão desse mar sem fim
Eu caço ele e ele me caça
Todos aqueles espíritos aprisionados
Só em terra podem ser libertados
Do homem que a maldade arde em brasa
Se esbarrar com o navio, dou sumiço
Esquartejo o capitão, assumo o passadiço
E levo as cem almas de volta pra casa!
(Gabriel Holanda)
Desses de madeira, com remendos mil
De um louco capitão que baforava fumaça
Com ervas loucas, fazia pavio
Só de ouvir, senti arrepio
Por almas de cem marinheiros que amassa
Caminha da ponte à proa
Entoando a canção do vento que voa
E só pára engolindo dois litros de cachaça
Ouvi que ele anda com um chicote
E que ama sentir o cheiro da morte
Torturando cada homem que no convés passa
Da prancha alimenta tubarões
Da carne humana, só poupa os corações
Que volta e meia em fogueira assa
Ah! Os olhos! Ele os conserva em cêra
E coleciona em estante de madeira
Pra não cair no esquecimento a desgraça
Sobre cada marujo só penso: coitado!
Como foi perecer pra'quele pobre diabo
Que não vale de um rato nem a raça?
Estou certo que ouviu falar de mim
E na imensidão desse mar sem fim
Eu caço ele e ele me caça
Todos aqueles espíritos aprisionados
Só em terra podem ser libertados
Do homem que a maldade arde em brasa
Se esbarrar com o navio, dou sumiço
Esquartejo o capitão, assumo o passadiço
E levo as cem almas de volta pra casa!
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Boa Nova
Queria que fosse possível
Você entendesse o intangível
Ao seu olhar infantil
Que vestisse minha pele
Sentindo minha verdade
Desprovida de fundo vil
Só meu espelho sabe
Da minha rede remendada a mil nós
E que por dentro eu me acabe
Pra levar o melhor peixe a nós
Caiu uma pedra no meu calmo lago
E ondas se formaram, pequenas
Tentei acalmar soprando em volta
Mas você as fez crescer, apenas
Quem sabe um dia vai perceber
A que ponto chegamos
Já não há margem para tecer
Uma rede de enganos
Não precisamos mais de prova
E já não tenho paciência
Grito uma boa, mas não nova
Do meu amor, és a essência
(Gabriel Holanda)
Você entendesse o intangível
Ao seu olhar infantil
Que vestisse minha pele
Sentindo minha verdade
Desprovida de fundo vil
Só meu espelho sabe
Da minha rede remendada a mil nós
E que por dentro eu me acabe
Pra levar o melhor peixe a nós
Caiu uma pedra no meu calmo lago
E ondas se formaram, pequenas
Tentei acalmar soprando em volta
Mas você as fez crescer, apenas
Quem sabe um dia vai perceber
A que ponto chegamos
Já não há margem para tecer
Uma rede de enganos
Não precisamos mais de prova
E já não tenho paciência
Grito uma boa, mas não nova
Do meu amor, és a essência
(Gabriel Holanda)
domingo, 15 de agosto de 2010
Despromoção
Um amigo, quer dizer, uma pessoa próxima.
Daquelas que se vive sem, mas se estima.
Aproximou-se enquanto me corriam pela alma certos versos.
Versos estes que me soavam como obra da mais linda arte.
E, sem ser questionado, pronunciou: mas isto é uma bosta!
Para não demonstrar a aversão que senti naquele momento,
apenas levantei uma das sombrancelhas. Felizmente, ele não entendeu.
Quando se lê sobre um arrepio causado pela brisa de uma clara e fria manhã,
só é entendível àquele que em algum momento da vida já deu atenção à tal sensação.
Aos olhos do descrente, não existe verdade. Vai dizer! Tente! Desista...
Feliz na sua infelicidade, invasor de momentos que não lhe pertencem.
Essas palavras de suicídio sentimental,
desprovidas da pouca inteligência que possuímos, cortam.
Mas não a mim. Contrario a lógica mundana e sigo.
Gostaria de agradecer a você, que quase me fez sentir tristeza,
pela inspiração que me emprestou para que eu me descobrisse ainda mais.
Amigo? Camarada? Colega? Conhecido? Já sei! Um alguém!!
Muita luz pra você! Obrigado por ter sido tão ninguém!
(Gabriel Holanda)
Daquelas que se vive sem, mas se estima.
Aproximou-se enquanto me corriam pela alma certos versos.
Versos estes que me soavam como obra da mais linda arte.
E, sem ser questionado, pronunciou: mas isto é uma bosta!
Para não demonstrar a aversão que senti naquele momento,
apenas levantei uma das sombrancelhas. Felizmente, ele não entendeu.
Quando se lê sobre um arrepio causado pela brisa de uma clara e fria manhã,
só é entendível àquele que em algum momento da vida já deu atenção à tal sensação.
Aos olhos do descrente, não existe verdade. Vai dizer! Tente! Desista...
Feliz na sua infelicidade, invasor de momentos que não lhe pertencem.
Essas palavras de suicídio sentimental,
desprovidas da pouca inteligência que possuímos, cortam.
Mas não a mim. Contrario a lógica mundana e sigo.
Gostaria de agradecer a você, que quase me fez sentir tristeza,
pela inspiração que me emprestou para que eu me descobrisse ainda mais.
Amigo? Camarada? Colega? Conhecido? Já sei! Um alguém!!
Muita luz pra você! Obrigado por ter sido tão ninguém!
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Continuidade
Invade o rastro que deixei
Pra tentar entender o que passei
Segue a esteira de todas as coisas que fiz
Perceberá o quanto cheguei por um triz
No peso que carregava por horas
O suor que ardia nos olhos
Cada porta que me impediu a entrada
Desejo e dor brotando dos poros
Do calor de um Sol sem piedade
Ao frio de uma longa noite cruel
A neblina que me envolveu com saudade
De seguro sorver doce mel
Na solidão de um mar gigantesco
E o abandono que na pele senti
Os gritos de um homem grotesco
A cada dia, com fé, sobrevivi
Não livre de todos esses sentimentos
Permaneço hoje, como não achava ser
Só dominei a arte de congelar momentos
E vejo que pra sempre assim vai acontecer
(Gabriel Holanda)
Pra tentar entender o que passei
Segue a esteira de todas as coisas que fiz
Perceberá o quanto cheguei por um triz
No peso que carregava por horas
O suor que ardia nos olhos
Cada porta que me impediu a entrada
Desejo e dor brotando dos poros
Do calor de um Sol sem piedade
Ao frio de uma longa noite cruel
A neblina que me envolveu com saudade
De seguro sorver doce mel
Na solidão de um mar gigantesco
E o abandono que na pele senti
Os gritos de um homem grotesco
A cada dia, com fé, sobrevivi
Não livre de todos esses sentimentos
Permaneço hoje, como não achava ser
Só dominei a arte de congelar momentos
E vejo que pra sempre assim vai acontecer
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 22 de junho de 2010
Recém Nascida Mestre
Surpreenda-se, este mundo é nosso
Agora vai poder me conhecer
Certos ou não, somos o que sabemos ser
E pra falar de nós, sinto que sempre posso
Revolveu a terra onde fiz minha base
Adoçou o jiló, vi o quanto fui quase
Quase sempre quase nada, tão pequeno e à mercê
Minha cama era estrada, cada fala berrava
Em dois passos voltava um, estarrecia, tropeçava
Percebo hoje o quanto aprendo com você
(Gabriel Holanda)
Agora vai poder me conhecer
Certos ou não, somos o que sabemos ser
E pra falar de nós, sinto que sempre posso
Revolveu a terra onde fiz minha base
Adoçou o jiló, vi o quanto fui quase
Quase sempre quase nada, tão pequeno e à mercê
Minha cama era estrada, cada fala berrava
Em dois passos voltava um, estarrecia, tropeçava
Percebo hoje o quanto aprendo com você
(Gabriel Holanda)
domingo, 2 de maio de 2010
Povo perdido: perdoa Pai?
Pelo peito parece passear pesado paradigma
Pressionando pessoas a pendular passado
Parafraseando péssimas poesias
Provindas de perdido poeta
Posto por profeta
Pondo em prática preceitos
Perpetuando perfeitos paradoxos
Porém profundamente pendentes,
Percebendo-os do ponto pessoal
Pesa peso parado
Pretendendo prover pulo perigoso
Para pobre pedestre. Pudera!
Posta péssima propaganda proferida publicamente
Posso propor paraíso
Perguntando perigosamente:
Por que Pai?
Pelos pecados do povo?
Pelo perdão:
Poupa-nos perante perdição perversa
Por nós próprios preparada,
Porventura previamente paga.
(Gabriel Holanda)
Pressionando pessoas a pendular passado
Parafraseando péssimas poesias
Provindas de perdido poeta
Posto por profeta
Pondo em prática preceitos
Perpetuando perfeitos paradoxos
Porém profundamente pendentes,
Percebendo-os do ponto pessoal
Pesa peso parado
Pretendendo prover pulo perigoso
Para pobre pedestre. Pudera!
Posta péssima propaganda proferida publicamente
Posso propor paraíso
Perguntando perigosamente:
Por que Pai?
Pelos pecados do povo?
Pelo perdão:
Poupa-nos perante perdição perversa
Por nós próprios preparada,
Porventura previamente paga.
(Gabriel Holanda)
Influência Mútua
A luz entra sem pedir licença. Invade a retina que independente de sua vontade contrai. Refoca e enxerga o caminho. Mentalizar o próximo passo e executá-lo. Na vida não é preciso enxergar o dia seguinte. Percebendo a influência que tem o agora no próximo minuto, mudamos um tempo que na verdade, não existe. O amanhã. Em verdade, é algo tão simples e trivial, que parece por vezes inalcançável. A cada instante definimos o temido "destino", e de certa forma, influenciamos o do próximo, já que não podemos fugir da co-responsabilidade interpessoal individual. Não pensemos, nunca, que não temos uma parcela de nossos sagrados dedos na vida de uma criança abandonada do outro lado do mundo. Caso contrário, seria mais confortante abandonar nossa, desta forma, infeliz existência.
(Gabriel Holanda)
(Gabriel Holanda)
sábado, 1 de maio de 2010
Amor Sem Pressa
Ao som da brisa da noite
Peço a um anjo te guardar
Inalo pólen que me acorda
Sinto-me a levitar
Transportado a outros mundos
Onde não haja distância
Só nós dois andando juntos
Livres como na infância
Hoje cultivamos sonhos
Insistindo no que julgamos necessário
Não mais, apressados somos
Mas como folhas aguardando orvalho
(Gabriel Holanda)
Peço a um anjo te guardar
Inalo pólen que me acorda
Sinto-me a levitar
Transportado a outros mundos
Onde não haja distância
Só nós dois andando juntos
Livres como na infância
Hoje cultivamos sonhos
Insistindo no que julgamos necessário
Não mais, apressados somos
Mas como folhas aguardando orvalho
(Gabriel Holanda)
Um Grito que Amansou
Qual o sentido da avaliação de poesias?
Se for para separar as medíocres, aceito!
Mas como averiguar o potencial de invasividade de uma frase?
Não é pertinente medir o efeito
Que causa um verso em mim ou em você
Depois fazer uma média e dar uma nota
A poesia não deve ser avaliada
Nem medida
Nem tampouco explicada
Deve ser sentida, respirada, vivida
Tem poder de arrepiar
Inundar os olhos
Contrair o maxilar
Revive um momento
Executa um sentimento
Alma e corpo a se alinhar
Quando vejo lá de cima
Sem querer brotou a rima
Que eu quis tanto evitar
E o que era pra ser grito
No final soou bonito
Tal qual fêmea mata o mundo
Pro filhote alimentar
(Gabriel Holanda)
Se for para separar as medíocres, aceito!
Mas como averiguar o potencial de invasividade de uma frase?
Não é pertinente medir o efeito
Que causa um verso em mim ou em você
Depois fazer uma média e dar uma nota
A poesia não deve ser avaliada
Nem medida
Nem tampouco explicada
Deve ser sentida, respirada, vivida
Tem poder de arrepiar
Inundar os olhos
Contrair o maxilar
Revive um momento
Executa um sentimento
Alma e corpo a se alinhar
Quando vejo lá de cima
Sem querer brotou a rima
Que eu quis tanto evitar
E o que era pra ser grito
No final soou bonito
Tal qual fêmea mata o mundo
Pro filhote alimentar
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
pensamento poesia um grito que amansou
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ih! Vê Daý!
Então eis que vem chegando a hora
Vai revelar o que tanto imaginei
Manda a saudade do que não vi embora
Que eu exponho muita coisa que guardei
Ih! Vê que até agora tudo deu certo
Toda aquela agonia a lugar algum levou
De maneira alguma, é que eu seja mais esperto
Mas de lá e Daý, sempre Deus nos ajudou
(Gabriel Holanda)
Vai revelar o que tanto imaginei
Manda a saudade do que não vi embora
Que eu exponho muita coisa que guardei
Ih! Vê que até agora tudo deu certo
Toda aquela agonia a lugar algum levou
De maneira alguma, é que eu seja mais esperto
Mas de lá e Daý, sempre Deus nos ajudou
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 27 de abril de 2010
Uns Dias (de transição)
Fim da escada
Início da estrada
Estrada de verdade
De alegria e sanidade
De revelia e bondade
Me dividiu por uns dias
Surgiram dúvidas indevidas
Me pus muito a pensar
No rumo das coisas
No rumo da arte
No rumo do ser
Com o sofrimento
Acertei os ponteiros
Agora melhor farei o viver
(Gabriel Holanda)
Início da estrada
Estrada de verdade
De alegria e sanidade
De revelia e bondade
Me dividiu por uns dias
Surgiram dúvidas indevidas
Me pus muito a pensar
No rumo das coisas
No rumo da arte
No rumo do ser
Com o sofrimento
Acertei os ponteiros
Agora melhor farei o viver
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 16 de março de 2010
Menino Montanha
Menino virando homem
Segura a barra e não chora
Segue a vida cantando
Permanece, não vai embora
Direito de errar
Tem.
Poder de mudar
Mantém.
Evita distribuir
Desdém.
Equilibra em fio fino
Engole a letra escarlate
Não deseja ser granfino
Mas mostrar a sua arte
Irmão forte, tá crescendo
Toma pra ti meu ombro
Serenidade sua na luta, estou vendo
E acredite, não me assombro
Nunca esperei menos
De ti, só recebo alegria
Quase nada remoemos
Espero retribuir algum dia
(Gabriel Holanda)
Segura a barra e não chora
Segue a vida cantando
Permanece, não vai embora
Direito de errar
Tem.
Poder de mudar
Mantém.
Evita distribuir
Desdém.
Equilibra em fio fino
Engole a letra escarlate
Não deseja ser granfino
Mas mostrar a sua arte
Irmão forte, tá crescendo
Toma pra ti meu ombro
Serenidade sua na luta, estou vendo
E acredite, não me assombro
Nunca esperei menos
De ti, só recebo alegria
Quase nada remoemos
Espero retribuir algum dia
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia homenagem menino montanha
Anti-Fragrância
Exercito a humildade
Mas aprendi a não pedir
Uma ajuda, por favor
Você nem toca no assunto
Fico tão diminuído
Na sua frente, seu doutor
Não entendo essa distância
Tanto a gente se afastou
Já não sinto sua fragrância
Parece que tudo acabou
Sinto falta de uma época
Não precisava pedir licença
Momentaneamente viro um peso
Que te perturba como doença
(Gabriel Holanda)
Mas aprendi a não pedir
Uma ajuda, por favor
Você nem toca no assunto
Fico tão diminuído
Na sua frente, seu doutor
Não entendo essa distância
Tanto a gente se afastou
Já não sinto sua fragrância
Parece que tudo acabou
Sinto falta de uma época
Não precisava pedir licença
Momentaneamente viro um peso
Que te perturba como doença
(Gabriel Holanda)
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Visão no Espelho
Desde o início fomos um
Toda dor e alegria em dobro
Ante a ti me ajoelho
Hoje, homens, vejo um irmão
Não mais novo, diferente
Mas o percebo no espelho
Almas fundidas
E cada qual no seu navio
Mais que amigas
Da saudade virei pavio
Irmão que zelei
E cuidei da sua ferida
Há muito tempo já sei
Nosso amor vai além da vida
Te espero em silêncio
Guardo forças pro abraço
Seco as lágrimas do rosto
E finjo esquecer o cansaço
Me desculpe a simplicidade
Destes versos talvez infantis
Impossível escrever a verdade
Quando não se trata de Y mais X
Volta irmão,
Sem você só vou levando
Junto à minha, quero tua mão
Pra sempre amado Fernando.
(Gabriel Holanda)
Toda dor e alegria em dobro
Ante a ti me ajoelho
Hoje, homens, vejo um irmão
Não mais novo, diferente
Mas o percebo no espelho
Almas fundidas
E cada qual no seu navio
Mais que amigas
Da saudade virei pavio
Irmão que zelei
E cuidei da sua ferida
Há muito tempo já sei
Nosso amor vai além da vida
Te espero em silêncio
Guardo forças pro abraço
Seco as lágrimas do rosto
E finjo esquecer o cansaço
Me desculpe a simplicidade
Destes versos talvez infantis
Impossível escrever a verdade
Quando não se trata de Y mais X
Volta irmão,
Sem você só vou levando
Junto à minha, quero tua mão
Pra sempre amado Fernando.
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia homenagem visao no espelho
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Poeira e Barro
Na solidão o homem se forja
Sente a força da consciência
O inimigo é a vontade
Como fruta que amadurece
Pesa no pé, entorta o galho
Dá sabor como caridade
Ensino a mim mesmo
O controle das emoções
Já não caminho tão a esmo
Por entre esses turbilhões
Óh estrada remendada
Barro batido e poeira densa
Ora no meio, ora calçada
Firmo escolha mais que intensa
(Gabriel Holanda)
Sente a força da consciência
O inimigo é a vontade
Como fruta que amadurece
Pesa no pé, entorta o galho
Dá sabor como caridade
Ensino a mim mesmo
O controle das emoções
Já não caminho tão a esmo
Por entre esses turbilhões
Óh estrada remendada
Barro batido e poeira densa
Ora no meio, ora calçada
Firmo escolha mais que intensa
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Acredite, Estou Aqui
Toda dor é passageira
Pode crer, a sua também é minha
Antes eu sentisse só
Certamente, menos doeria
Me perdoe a impaciência
O nervosismo e até a pressa
Se é o que mostro na aparência
Quando o coração não se arremessa
Uma vez, sendo criado
Desejei roubar seu desconforto
Aprendo hoje, desapontado
Cada barco ruma pro seu próprio porto
Por dentro sinto derreter
Mas mantenho a fachada de pedra
Não me permito transparecer
Nada que te desalegra
Pássaro de asa quebrada
Te levo pra voar comigo
É muito mais fácil se recuperar
Ao lado de um filho, e melhor amigo...
(Gabriel Holanda)
Pode crer, a sua também é minha
Antes eu sentisse só
Certamente, menos doeria
Me perdoe a impaciência
O nervosismo e até a pressa
Se é o que mostro na aparência
Quando o coração não se arremessa
Uma vez, sendo criado
Desejei roubar seu desconforto
Aprendo hoje, desapontado
Cada barco ruma pro seu próprio porto
Por dentro sinto derreter
Mas mantenho a fachada de pedra
Não me permito transparecer
Nada que te desalegra
Pássaro de asa quebrada
Te levo pra voar comigo
É muito mais fácil se recuperar
Ao lado de um filho, e melhor amigo...
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Degraus Impuláveis
Teimamos em prever dificuldades
Não há como pular etapas
Cada degrau ajusta o passo de cima
Previsão despreparada gera falta de vontade
Cultivando o desespero, aumenta a inércia
Só o verso anterior arma a base da rima
Não quero apressar o conhecimento
Pois dentro de mim, pode virar peçonha
Tudo o que não preciso é atropelar meu momento
Quando perceber, cresci como teia de aranha
(Gabriel Holanda)
Não há como pular etapas
Cada degrau ajusta o passo de cima
Previsão despreparada gera falta de vontade
Cultivando o desespero, aumenta a inércia
Só o verso anterior arma a base da rima
Não quero apressar o conhecimento
Pois dentro de mim, pode virar peçonha
Tudo o que não preciso é atropelar meu momento
Quando perceber, cresci como teia de aranha
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Pende e Maravilha
Bela flor, cheiro encorpado
Esperança, nela eu pus
Arranco de mim todo o passado
E caminho em direção à luz
Como é bom sentir a vida
Acompanhar um florescer
Com a leveza do teu rosto
O mundo todo quero ver
Momentos ásperos e de bonança
Completam quem sabe lidar
Como um barco que balança
Mas colhe peixe ao navegar
(Gabriel Holanda)
Esperança, nela eu pus
Arranco de mim todo o passado
E caminho em direção à luz
Como é bom sentir a vida
Acompanhar um florescer
Com a leveza do teu rosto
O mundo todo quero ver
Momentos ásperos e de bonança
Completam quem sabe lidar
Como um barco que balança
Mas colhe peixe ao navegar
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia homenagem amor pende e maravilha
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Desistência ConfortAmôr
Deixando de lado toda a falta de noção
Por vezes deixamos de lado o fator humano
Nos enfiamos em caixa pequena e desagradável
Batemos os pregos, selando a saída
Mas se é pra desistir
Desistiremos como homens
Sentindo da culpa, todo o torpor
Resumiu meu irmão
O que eu não soube dizer
Desistirei confortado pelo amor
(Gabriel Holanda)
Por vezes deixamos de lado o fator humano
Nos enfiamos em caixa pequena e desagradável
Batemos os pregos, selando a saída
Mas se é pra desistir
Desistiremos como homens
Sentindo da culpa, todo o torpor
Resumiu meu irmão
O que eu não soube dizer
Desistirei confortado pelo amor
(Gabriel Holanda)
Jardim Murado
Se o sofrimento tem hora para acabar
Ao final a cabeça aumenta seu sofrer
O tempo parece então correr devagar
E volta e meia o relógio tende a inverter
Poucos dias separam a tristeza da alegria
Ausente por vezes me sinto deste ambiente
Ao início de Março, o Sol cortará um lindo dia
E sorrirei, com a alma mais que contente
Tristeza é um muro entre dois jardins
Kahlil Gibran disse sabiamente
Logo logo pulo dele para um ou outro
E derrubo esse muro que me aflige a mente
(Gabriel Holanda)
Ao final a cabeça aumenta seu sofrer
O tempo parece então correr devagar
E volta e meia o relógio tende a inverter
Poucos dias separam a tristeza da alegria
Ausente por vezes me sinto deste ambiente
Ao início de Março, o Sol cortará um lindo dia
E sorrirei, com a alma mais que contente
Tristeza é um muro entre dois jardins
Kahlil Gibran disse sabiamente
Logo logo pulo dele para um ou outro
E derrubo esse muro que me aflige a mente
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia jardim murado tempo kahlil gibran
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Loucura Muda
Nada digo, calo-me
Não vão entender
De máscara, armo-me
Meu rosto não vão ver
Silêncio, melhor remédio
Tortura, de quem recebe
Inércia, aproveito o tédio
Insensibilidade, já não percebe
Indo,
Não cheguei a ir
Mas como se tivesse ido,
Comecei a cair
Caí de dor
Já sem sentido
Caí de amor
Em outra vida
Minhas palavras li
Dessa vez confesso
Nem eu mesmo me entendi
(Gabriel Holanda)
Não vão entender
De máscara, armo-me
Meu rosto não vão ver
Silêncio, melhor remédio
Tortura, de quem recebe
Inércia, aproveito o tédio
Insensibilidade, já não percebe
Indo,
Não cheguei a ir
Mas como se tivesse ido,
Comecei a cair
Caí de dor
Já sem sentido
Caí de amor
Em outra vida
Minhas palavras li
Dessa vez confesso
Nem eu mesmo me entendi
(Gabriel Holanda)
domingo, 3 de janeiro de 2010
Ao Longe
Vejo pessoas queridas num quadrado
Elas se mexem, riem, falam
Quadro com voz, um pouco embassado
No meio da conversa, todos se calam
Quase os toquei
E senti o cheiro
A cabeça confusa
Como torto tabuleiro
Falha da comunicação
Não há mais o que fazer
Vejo ao longe o farol do Capão
Que já tende a desaparecer
Hora de dormir
Me despeço aos fantasmas
Escrevendo qualquer besteira
Pra amenizar estas lástimas
(Gabriel Holanda)
Elas se mexem, riem, falam
Quadro com voz, um pouco embassado
No meio da conversa, todos se calam
Quase os toquei
E senti o cheiro
A cabeça confusa
Como torto tabuleiro
Falha da comunicação
Não há mais o que fazer
Vejo ao longe o farol do Capão
Que já tende a desaparecer
Hora de dormir
Me despeço aos fantasmas
Escrevendo qualquer besteira
Pra amenizar estas lástimas
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Senil Amigo Traído
Rompe as algemas dos pulsos
Te liberta do que tu mesmo criastes
O homem que se coloca entre ursos
Não enxerga de Deus, as belas artes
Homem feito, dito crescido
Guarda no rosto as marcas do tempo
Seu pescoço, ao céu se dobra
Experiência que não o guiou
Criou a lama e se afogou
No abrigo do lar foi picado por cobra
Companheiro de jornada
A vida é boa se souberes ver
Acerta o rumo da caminhada
Só assim terás o que mereces colher
Nossa conversa de uma hora
Angustiou-me, passou pavor
Guardei em mim tudo o que jogaste fora
Num desabafo de muita dor
Homem bom e idôneo, que com pouco se satifaz
Espero, sincero que seja feliz
Aprende com os erros e não esquece jamais
Ela, vestida como dama, era mera meretriz
Incapacidade de desejar o mal
Daí vem tua salvação
Deseja alegria, ela sim é vital
E já tens os céus na palma da mão
(Gabriel Holanda)
Te liberta do que tu mesmo criastes
O homem que se coloca entre ursos
Não enxerga de Deus, as belas artes
Homem feito, dito crescido
Guarda no rosto as marcas do tempo
Seu pescoço, ao céu se dobra
Experiência que não o guiou
Criou a lama e se afogou
No abrigo do lar foi picado por cobra
Companheiro de jornada
A vida é boa se souberes ver
Acerta o rumo da caminhada
Só assim terás o que mereces colher
Nossa conversa de uma hora
Angustiou-me, passou pavor
Guardei em mim tudo o que jogaste fora
Num desabafo de muita dor
Homem bom e idôneo, que com pouco se satifaz
Espero, sincero que seja feliz
Aprende com os erros e não esquece jamais
Ela, vestida como dama, era mera meretriz
Incapacidade de desejar o mal
Daí vem tua salvação
Deseja alegria, ela sim é vital
E já tens os céus na palma da mão
(Gabriel Holanda)
Natal Sobre-quilhado
Chegou o tão esperado Natal
Em todas as terras, a festa sublime
Famílias se reúnem e celebram em paz
Vinhos, mesas fartas
Vezes nem tão farta assim
Mas o espírito prevalece
Com o desejo de um futuro melhor
Orações fervorosas
Mãos apertadas, troca de suor
Enquanto isso, semelhante festa se dá
A bordo de uma ilha de aço
Que balança ao sabor do mar
Homens valentes e corajosos
Se reúnem à volta de ceia
Carinhosamente preparada
Enquanto cortam as águas
Com a quilha pesada
O que nos vem à mente
É a passagem do Sol
No solstício de inverno
Para o hemisfério norte
Ansiosa é a espera por presentes
Mas mais ansiosa ainda
É a espera da família
Por aquele que está no mar
Esposas, filhos, irmãos e pais
Os aguardam na triunfante volta
Para a segurança e o aconchego do lar
Solitário em sua própria solidão,
Sorri numa mescla de saudade e tristeza
Introvertido, um turbilhão de pensamentos ocorre
Lembra de Natais distantes,
Mais felizes...
Na escuridão do oceano bravio
Uma enorme vaga explode no convés
O navio treme e se retorce
Numa lamentação solidária à sua tripulação
Eles, fortes homens do mar
Peitos forjados com a dureza do aço
Cumprem sua missão
Independente da especial data
São onze e meia, hora da ceia
O sorriso desaparece em nosso íntimo
Nos reunimos em prol de nossos costumes
É o Natal no mar.
É o Natal do navegante.
É o Natal da saudade.
É o Natal da espera...
(Gabriel Holanda)
Em todas as terras, a festa sublime
Famílias se reúnem e celebram em paz
Vinhos, mesas fartas
Vezes nem tão farta assim
Mas o espírito prevalece
Com o desejo de um futuro melhor
Orações fervorosas
Mãos apertadas, troca de suor
Enquanto isso, semelhante festa se dá
A bordo de uma ilha de aço
Que balança ao sabor do mar
Homens valentes e corajosos
Se reúnem à volta de ceia
Carinhosamente preparada
Enquanto cortam as águas
Com a quilha pesada
O que nos vem à mente
É a passagem do Sol
No solstício de inverno
Para o hemisfério norte
Ansiosa é a espera por presentes
Mas mais ansiosa ainda
É a espera da família
Por aquele que está no mar
Esposas, filhos, irmãos e pais
Os aguardam na triunfante volta
Para a segurança e o aconchego do lar
Solitário em sua própria solidão,
Sorri numa mescla de saudade e tristeza
Introvertido, um turbilhão de pensamentos ocorre
Lembra de Natais distantes,
Mais felizes...
Na escuridão do oceano bravio
Uma enorme vaga explode no convés
O navio treme e se retorce
Numa lamentação solidária à sua tripulação
Eles, fortes homens do mar
Peitos forjados com a dureza do aço
Cumprem sua missão
Independente da especial data
São onze e meia, hora da ceia
O sorriso desaparece em nosso íntimo
Nos reunimos em prol de nossos costumes
É o Natal no mar.
É o Natal do navegante.
É o Natal da saudade.
É o Natal da espera...
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia reflexao natal sobre quilhado
Assinar:
Postagens (Atom)