Quem joga a vida fora
Tranca num quarto sujo
Derrete a chave e faz um cachimbo
Escorre a consciência na calçada
Na rua encontra o não-saber
Do asfalto se torna o limbo
Alma vagando ao léu
Se cobre atrás de podre véu
Tudo o que tem provém do fel
E não distingue o inferno do céu
O mundo não acabou
O outono virá com seu aroma
Mas a flor que não desabroxou
Só verás se acordares do coma
Enquanto respiras, larga o crack
Morde a existencia como um alicate
Faz da vida um rio limpo
Antes que o xeque seja mate
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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puta q pariu.
ResponderExcluirficou meio pesada ne.... passei em uma cidade com viciados em crack por todos os lados. fiquei triste. magros, dentes escuros, cambaleantes, se vendendo, roubando.... saiu isso aí!
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