Cresceu forte, bem depressa
Brotinho se desenvolveu
A alma de mais um anjo
Sem mais nem menos nasceu
E eu meio desprevenido
Talvez não muito preparado
Pra ser tocado pela luz
De tal presente abençoado
Entre a gelidez laboral
E a quentura deste lar
Me divido, muito indigno
De acamá-la com o olhar
Darei o que tenho a proteger
Minha pequenina, manter feliz
Tentar fazer por merecer
A honra de gerar a menina Lis
(Gabriel Holanda)
domingo, 9 de dezembro de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
Herança
Antes da saída, paro para admirar o que passou.
Contemplando esta avenida, vejo o chão que você pisou.
Luz clara cerca o meu corpo, iluminando o coração esmagado.
Cansado da corrida, sorrio da própria peleja.
Espero que você tenha visto, e espero que o próximo veja.
Nada vem da lágrima, que desaperta o coração,
mas vem do suor, do bem viver, do ser ou não.
Amigo de muito tempo, se ergue e segue feliz.
Nada sou nesta vida, exceto aprendiz.
Aumentar o cordão não faz o círculo fechar,
quanto mais alarde, mais faz afastar.
Desejo a ti o que desejo a mim, felicidade e crescimento:
porque o amadurecer da alma, é a alma do amadurecimento.
(Gabriel Holanda)
Contemplando esta avenida, vejo o chão que você pisou.
Luz clara cerca o meu corpo, iluminando o coração esmagado.
Cansado da corrida, sorrio da própria peleja.
Espero que você tenha visto, e espero que o próximo veja.
Nada vem da lágrima, que desaperta o coração,
mas vem do suor, do bem viver, do ser ou não.
Amigo de muito tempo, se ergue e segue feliz.
Nada sou nesta vida, exceto aprendiz.
Aumentar o cordão não faz o círculo fechar,
quanto mais alarde, mais faz afastar.
Desejo a ti o que desejo a mim, felicidade e crescimento:
porque o amadurecer da alma, é a alma do amadurecimento.
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Pedra Viva
Construtor de castelos, minguado
Levava na mochila seu fardo
Viajava por terras estranhas
E sentia saudades medonhas
Não podia evitar serviço
Nem tampouco dar sumiço
Aos pagadores se curvava
Sentia o peito doído
Por não ser compreendido
Pela amada que esperava
E na caixa de correio
Dia a dia dor que veio
Em galope bem rasante
E cravava em si estigma
De merecer dor maligna
Que flagela a cada instante
Mas por que cargas d'água
Se culpava desse jeito
Se ao dormir chorava
Só lembrando do seu leito?
Não se explica o ser humano
Nem a dor que a carta fita
Se ela aguentou um ano
Vai ver então que já não liga
Mas ele acreditava
De teimoso ou de burro
Que o amor que o esmagava
Não cairia com um murro
Espera morena, pensava
São só datas, nada mais
Nem o mundo separava
O que o amor atou a lais
(Gabriel Holanda)
Levava na mochila seu fardo
Viajava por terras estranhas
E sentia saudades medonhas
Não podia evitar serviço
Nem tampouco dar sumiço
Aos pagadores se curvava
Sentia o peito doído
Por não ser compreendido
Pela amada que esperava
E na caixa de correio
Dia a dia dor que veio
Em galope bem rasante
E cravava em si estigma
De merecer dor maligna
Que flagela a cada instante
Mas por que cargas d'água
Se culpava desse jeito
Se ao dormir chorava
Só lembrando do seu leito?
Não se explica o ser humano
Nem a dor que a carta fita
Se ela aguentou um ano
Vai ver então que já não liga
Mas ele acreditava
De teimoso ou de burro
Que o amor que o esmagava
Não cairia com um murro
Espera morena, pensava
São só datas, nada mais
Nem o mundo separava
O que o amor atou a lais
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Day
Doei-me a ti
Antes que percebesse
Ynda lembro do acaso
Avançamos um pro outro
Nenhuma dúvida, valeu!
Atados sempre seguiremos
Bom coração
Risada gostosa
Invasora dos meus pensamentos
Tanto te zelo
Tanto te quero
Obrigado por tudo
Tenha olhos pra mim
E minha alma compreenda
Invocamos felicidade
Xeretando alegria
E agora nosso tesouro
Ive, coisa mais linda
Registra no céu nosso namoro
Amor este, além da vida
(Gabriel Holanda)
Antes que percebesse
Ynda lembro do acaso
Avançamos um pro outro
Nenhuma dúvida, valeu!
Atados sempre seguiremos
Bom coração
Risada gostosa
Invasora dos meus pensamentos
Tanto te zelo
Tanto te quero
Obrigado por tudo
Tenha olhos pra mim
E minha alma compreenda
Invocamos felicidade
Xeretando alegria
E agora nosso tesouro
Ive, coisa mais linda
Registra no céu nosso namoro
Amor este, além da vida
(Gabriel Holanda)
domingo, 5 de setembro de 2010
O Feitiço e o Feiticeiro
Ser humilhado não dói
Ser humilhado não, dói?
Ser não, humilhado dói?
Sermão, humilhando a dor!
Dor humilha o sermão
Humilhando seu irmão toda dor
Irmão que pensa que não dói
Vai pedir piedade ao Senhor
Crucifica o miserável
Miséria é dor que cresce
O que pensa que é louvável
Logo em breve te escarnece
(Gabriel Holanda)
Ser humilhado não, dói?
Ser não, humilhado dói?
Sermão, humilhando a dor!
Dor humilha o sermão
Humilhando seu irmão toda dor
Irmão que pensa que não dói
Vai pedir piedade ao Senhor
Crucifica o miserável
Miséria é dor que cresce
O que pensa que é louvável
Logo em breve te escarnece
(Gabriel Holanda)
Silêncio Profundo
O nível do mar subiu
E meus pés, ancorados ao fundo
Administrei o ar dos pulmões
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Essa voz ecoou no meu vazio
Acordou a fera que dormia calma
Segurei o ar mais um segundo
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Tentei convencer o mar
Mas que bobagem, pretensão
Não se sujar abraçando um ser imundo
Já sem receio de me afogar e sumir do mundo
Finalmente me entreguei
Já não tinha mesmo escapatória
E gritei um silêncio profundo
Desta forma me afoguei e sumí do mundo
(Gabriel Holanda)
E meus pés, ancorados ao fundo
Administrei o ar dos pulmões
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Essa voz ecoou no meu vazio
Acordou a fera que dormia calma
Segurei o ar mais um segundo
Com receio de me afogar e sumir do mundo
Tentei convencer o mar
Mas que bobagem, pretensão
Não se sujar abraçando um ser imundo
Já sem receio de me afogar e sumir do mundo
Finalmente me entreguei
Já não tinha mesmo escapatória
E gritei um silêncio profundo
Desta forma me afoguei e sumí do mundo
(Gabriel Holanda)
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Maldito Fuso
O sono não vem
A noite não vai
Tento ficar bem
Nada me distrai
Queria cansaço
Me vem consciência
Desisto, dou um passo
Perdi a paciência
Pra não ficar rolando
Progrido nas páginas de um livro
O universo vou desvendando
Solitário no meu "meio-abrigo"
A vista embaralha
Acho que agora vai
Fecho os olhos, me concentro
Mas todo sono se esvai!
Louco, já nervoso
Anseio pela hora do trabalho
Mas o relógio, teimoso
É tão lento quanto falho
Parece ter vontade própria
Ao passo que é sempre do contra
São quase cinco, estou desde uma
Nada me ajudou o mais belo mantra
Quem dera tivesse alguma droga
Ou que eu dormisse só com fé
Escrevendo isto, desisto do sono
Assino e vou tomar café
(Gabriel Holanda)
A noite não vai
Tento ficar bem
Nada me distrai
Queria cansaço
Me vem consciência
Desisto, dou um passo
Perdi a paciência
Pra não ficar rolando
Progrido nas páginas de um livro
O universo vou desvendando
Solitário no meu "meio-abrigo"
A vista embaralha
Acho que agora vai
Fecho os olhos, me concentro
Mas todo sono se esvai!
Louco, já nervoso
Anseio pela hora do trabalho
Mas o relógio, teimoso
É tão lento quanto falho
Parece ter vontade própria
Ao passo que é sempre do contra
São quase cinco, estou desde uma
Nada me ajudou o mais belo mantra
Quem dera tivesse alguma droga
Ou que eu dormisse só com fé
Escrevendo isto, desisto do sono
Assino e vou tomar café
(Gabriel Holanda)
domingo, 22 de agosto de 2010
Teatro da Vida
Papel na mesa, caneta na mão esquerda
O punho direito, calejado, segura meu rostoCotovelo mantém o sistema no lugar
Passo a transcrever a mim mesmo
Ponho meu retrato na janela
A quem passando quiser olhar
Não digo coisas belas, mas reais
Apresento espectativas e memórias
Dispenso enredos teatrais
Talvez ninguém se interesse em minhas histórias
No pão que o diabo amassou,
Passei manteiga e taquei queijo
Quando vi que o cão não gostou,
Sorri pra ele e mandei beijo
Construí castelos de pedra
E cavei buracos profundos
No rio da vida, fui contra a regra
Boiei mesmo pesado, sem nunca tocar o fundo
Fui taxado de louco, apaixonado
Sonhador, burro, delinqüente, safado
Vira-lata, fraco, viajante, bastardo
Mas cruzei um deserto e descansei sobre o fardo
Ainda miro uma longa caminhada
Milhas, trilhas, quadrilhas, qüinquilhas!
Trabalhei toda essa noite enluarada
Fortalecido, na memória, minha filha
Ela sim, só me dá gosto
Vale cada segundo da tortura
Deixo meu peito aberto, exposto
E regurgito qualquer traço de amargura
Se o queixo bate, mordo
Se a vista inunda, seco
Já não me sinto mais morto
Nem choro olhando pro teto
Sangrei vários litros, mas nenhum pingo a esmo
E do que passei, só Deus e eu de testemunhas
Sei que estas linhas, um ou dois vão ler mesmo
Mas gravei as marcas dos meus dentes e das minhas unhas.
(Gabriel Holanda)
sábado, 21 de agosto de 2010
Improdutividade
Tentei fazer um suco de amendoim
Não sei o porquê,
Mas não virou suco
Virou poeira salgada
Acho que deveria ter botado água
Não tinha água
Tinha feijão
Li que um caroço tem 15% de água
Bati junto os 10 caroços que tinha
Continuou seco.
Joguei tudo fora.
(Gabriel Holanda)
Não sei o porquê,
Mas não virou suco
Virou poeira salgada
Acho que deveria ter botado água
Não tinha água
Tinha feijão
Li que um caroço tem 15% de água
Bati junto os 10 caroços que tinha
Continuou seco.
Joguei tudo fora.
(Gabriel Holanda)
Concordância
Nunca fui de concordar
com quem concorda
em não concordar
com qualquer concordância benéfica.
Por vezes, não concordo comigo mesmo.
A anunciação da discordância, por sua vez,
nunca me trouxe benefícios
portanto, mesmo quando não concordo,
doravante sigo concordando.
(Gabriel Holanda)
com quem concorda
em não concordar
com qualquer concordância benéfica.
Por vezes, não concordo comigo mesmo.
A anunciação da discordância, por sua vez,
nunca me trouxe benefícios
portanto, mesmo quando não concordo,
doravante sigo concordando.
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
S(c)em Alma(s)
Diz-se que havia um navio
Desses de madeira, com remendos mil
De um louco capitão que baforava fumaça
Com ervas loucas, fazia pavio
Só de ouvir, senti arrepio
Por almas de cem marinheiros que amassa
Caminha da ponte à proa
Entoando a canção do vento que voa
E só pára engolindo dois litros de cachaça
Ouvi que ele anda com um chicote
E que ama sentir o cheiro da morte
Torturando cada homem que no convés passa
Da prancha alimenta tubarões
Da carne humana, só poupa os corações
Que volta e meia em fogueira assa
Ah! Os olhos! Ele os conserva em cêra
E coleciona em estante de madeira
Pra não cair no esquecimento a desgraça
Sobre cada marujo só penso: coitado!
Como foi perecer pra'quele pobre diabo
Que não vale de um rato nem a raça?
Estou certo que ouviu falar de mim
E na imensidão desse mar sem fim
Eu caço ele e ele me caça
Todos aqueles espíritos aprisionados
Só em terra podem ser libertados
Do homem que a maldade arde em brasa
Se esbarrar com o navio, dou sumiço
Esquartejo o capitão, assumo o passadiço
E levo as cem almas de volta pra casa!
(Gabriel Holanda)
Desses de madeira, com remendos mil
De um louco capitão que baforava fumaça
Com ervas loucas, fazia pavio
Só de ouvir, senti arrepio
Por almas de cem marinheiros que amassa
Caminha da ponte à proa
Entoando a canção do vento que voa
E só pára engolindo dois litros de cachaça
Ouvi que ele anda com um chicote
E que ama sentir o cheiro da morte
Torturando cada homem que no convés passa
Da prancha alimenta tubarões
Da carne humana, só poupa os corações
Que volta e meia em fogueira assa
Ah! Os olhos! Ele os conserva em cêra
E coleciona em estante de madeira
Pra não cair no esquecimento a desgraça
Sobre cada marujo só penso: coitado!
Como foi perecer pra'quele pobre diabo
Que não vale de um rato nem a raça?
Estou certo que ouviu falar de mim
E na imensidão desse mar sem fim
Eu caço ele e ele me caça
Todos aqueles espíritos aprisionados
Só em terra podem ser libertados
Do homem que a maldade arde em brasa
Se esbarrar com o navio, dou sumiço
Esquartejo o capitão, assumo o passadiço
E levo as cem almas de volta pra casa!
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Boa Nova
Queria que fosse possível
Você entendesse o intangível
Ao seu olhar infantil
Que vestisse minha pele
Sentindo minha verdade
Desprovida de fundo vil
Só meu espelho sabe
Da minha rede remendada a mil nós
E que por dentro eu me acabe
Pra levar o melhor peixe a nós
Caiu uma pedra no meu calmo lago
E ondas se formaram, pequenas
Tentei acalmar soprando em volta
Mas você as fez crescer, apenas
Quem sabe um dia vai perceber
A que ponto chegamos
Já não há margem para tecer
Uma rede de enganos
Não precisamos mais de prova
E já não tenho paciência
Grito uma boa, mas não nova
Do meu amor, és a essência
(Gabriel Holanda)
Você entendesse o intangível
Ao seu olhar infantil
Que vestisse minha pele
Sentindo minha verdade
Desprovida de fundo vil
Só meu espelho sabe
Da minha rede remendada a mil nós
E que por dentro eu me acabe
Pra levar o melhor peixe a nós
Caiu uma pedra no meu calmo lago
E ondas se formaram, pequenas
Tentei acalmar soprando em volta
Mas você as fez crescer, apenas
Quem sabe um dia vai perceber
A que ponto chegamos
Já não há margem para tecer
Uma rede de enganos
Não precisamos mais de prova
E já não tenho paciência
Grito uma boa, mas não nova
Do meu amor, és a essência
(Gabriel Holanda)
domingo, 15 de agosto de 2010
Despromoção
Um amigo, quer dizer, uma pessoa próxima.
Daquelas que se vive sem, mas se estima.
Aproximou-se enquanto me corriam pela alma certos versos.
Versos estes que me soavam como obra da mais linda arte.
E, sem ser questionado, pronunciou: mas isto é uma bosta!
Para não demonstrar a aversão que senti naquele momento,
apenas levantei uma das sombrancelhas. Felizmente, ele não entendeu.
Quando se lê sobre um arrepio causado pela brisa de uma clara e fria manhã,
só é entendível àquele que em algum momento da vida já deu atenção à tal sensação.
Aos olhos do descrente, não existe verdade. Vai dizer! Tente! Desista...
Feliz na sua infelicidade, invasor de momentos que não lhe pertencem.
Essas palavras de suicídio sentimental,
desprovidas da pouca inteligência que possuímos, cortam.
Mas não a mim. Contrario a lógica mundana e sigo.
Gostaria de agradecer a você, que quase me fez sentir tristeza,
pela inspiração que me emprestou para que eu me descobrisse ainda mais.
Amigo? Camarada? Colega? Conhecido? Já sei! Um alguém!!
Muita luz pra você! Obrigado por ter sido tão ninguém!
(Gabriel Holanda)
Daquelas que se vive sem, mas se estima.
Aproximou-se enquanto me corriam pela alma certos versos.
Versos estes que me soavam como obra da mais linda arte.
E, sem ser questionado, pronunciou: mas isto é uma bosta!
Para não demonstrar a aversão que senti naquele momento,
apenas levantei uma das sombrancelhas. Felizmente, ele não entendeu.
Quando se lê sobre um arrepio causado pela brisa de uma clara e fria manhã,
só é entendível àquele que em algum momento da vida já deu atenção à tal sensação.
Aos olhos do descrente, não existe verdade. Vai dizer! Tente! Desista...
Feliz na sua infelicidade, invasor de momentos que não lhe pertencem.
Essas palavras de suicídio sentimental,
desprovidas da pouca inteligência que possuímos, cortam.
Mas não a mim. Contrario a lógica mundana e sigo.
Gostaria de agradecer a você, que quase me fez sentir tristeza,
pela inspiração que me emprestou para que eu me descobrisse ainda mais.
Amigo? Camarada? Colega? Conhecido? Já sei! Um alguém!!
Muita luz pra você! Obrigado por ter sido tão ninguém!
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Continuidade
Invade o rastro que deixei
Pra tentar entender o que passei
Segue a esteira de todas as coisas que fiz
Perceberá o quanto cheguei por um triz
No peso que carregava por horas
O suor que ardia nos olhos
Cada porta que me impediu a entrada
Desejo e dor brotando dos poros
Do calor de um Sol sem piedade
Ao frio de uma longa noite cruel
A neblina que me envolveu com saudade
De seguro sorver doce mel
Na solidão de um mar gigantesco
E o abandono que na pele senti
Os gritos de um homem grotesco
A cada dia, com fé, sobrevivi
Não livre de todos esses sentimentos
Permaneço hoje, como não achava ser
Só dominei a arte de congelar momentos
E vejo que pra sempre assim vai acontecer
(Gabriel Holanda)
Pra tentar entender o que passei
Segue a esteira de todas as coisas que fiz
Perceberá o quanto cheguei por um triz
No peso que carregava por horas
O suor que ardia nos olhos
Cada porta que me impediu a entrada
Desejo e dor brotando dos poros
Do calor de um Sol sem piedade
Ao frio de uma longa noite cruel
A neblina que me envolveu com saudade
De seguro sorver doce mel
Na solidão de um mar gigantesco
E o abandono que na pele senti
Os gritos de um homem grotesco
A cada dia, com fé, sobrevivi
Não livre de todos esses sentimentos
Permaneço hoje, como não achava ser
Só dominei a arte de congelar momentos
E vejo que pra sempre assim vai acontecer
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 22 de junho de 2010
Recém Nascida Mestre
Surpreenda-se, este mundo é nosso
Agora vai poder me conhecer
Certos ou não, somos o que sabemos ser
E pra falar de nós, sinto que sempre posso
Revolveu a terra onde fiz minha base
Adoçou o jiló, vi o quanto fui quase
Quase sempre quase nada, tão pequeno e à mercê
Minha cama era estrada, cada fala berrava
Em dois passos voltava um, estarrecia, tropeçava
Percebo hoje o quanto aprendo com você
(Gabriel Holanda)
Agora vai poder me conhecer
Certos ou não, somos o que sabemos ser
E pra falar de nós, sinto que sempre posso
Revolveu a terra onde fiz minha base
Adoçou o jiló, vi o quanto fui quase
Quase sempre quase nada, tão pequeno e à mercê
Minha cama era estrada, cada fala berrava
Em dois passos voltava um, estarrecia, tropeçava
Percebo hoje o quanto aprendo com você
(Gabriel Holanda)
domingo, 2 de maio de 2010
Povo perdido: perdoa Pai?
Pelo peito parece passear pesado paradigma
Pressionando pessoas a pendular passado
Parafraseando péssimas poesias
Provindas de perdido poeta
Posto por profeta
Pondo em prática preceitos
Perpetuando perfeitos paradoxos
Porém profundamente pendentes,
Percebendo-os do ponto pessoal
Pesa peso parado
Pretendendo prover pulo perigoso
Para pobre pedestre. Pudera!
Posta péssima propaganda proferida publicamente
Posso propor paraíso
Perguntando perigosamente:
Por que Pai?
Pelos pecados do povo?
Pelo perdão:
Poupa-nos perante perdição perversa
Por nós próprios preparada,
Porventura previamente paga.
(Gabriel Holanda)
Pressionando pessoas a pendular passado
Parafraseando péssimas poesias
Provindas de perdido poeta
Posto por profeta
Pondo em prática preceitos
Perpetuando perfeitos paradoxos
Porém profundamente pendentes,
Percebendo-os do ponto pessoal
Pesa peso parado
Pretendendo prover pulo perigoso
Para pobre pedestre. Pudera!
Posta péssima propaganda proferida publicamente
Posso propor paraíso
Perguntando perigosamente:
Por que Pai?
Pelos pecados do povo?
Pelo perdão:
Poupa-nos perante perdição perversa
Por nós próprios preparada,
Porventura previamente paga.
(Gabriel Holanda)
Influência Mútua
A luz entra sem pedir licença. Invade a retina que independente de sua vontade contrai. Refoca e enxerga o caminho. Mentalizar o próximo passo e executá-lo. Na vida não é preciso enxergar o dia seguinte. Percebendo a influência que tem o agora no próximo minuto, mudamos um tempo que na verdade, não existe. O amanhã. Em verdade, é algo tão simples e trivial, que parece por vezes inalcançável. A cada instante definimos o temido "destino", e de certa forma, influenciamos o do próximo, já que não podemos fugir da co-responsabilidade interpessoal individual. Não pensemos, nunca, que não temos uma parcela de nossos sagrados dedos na vida de uma criança abandonada do outro lado do mundo. Caso contrário, seria mais confortante abandonar nossa, desta forma, infeliz existência.
(Gabriel Holanda)
(Gabriel Holanda)
sábado, 1 de maio de 2010
Amor Sem Pressa
Ao som da brisa da noite
Peço a um anjo te guardar
Inalo pólen que me acorda
Sinto-me a levitar
Transportado a outros mundos
Onde não haja distância
Só nós dois andando juntos
Livres como na infância
Hoje cultivamos sonhos
Insistindo no que julgamos necessário
Não mais, apressados somos
Mas como folhas aguardando orvalho
(Gabriel Holanda)
Peço a um anjo te guardar
Inalo pólen que me acorda
Sinto-me a levitar
Transportado a outros mundos
Onde não haja distância
Só nós dois andando juntos
Livres como na infância
Hoje cultivamos sonhos
Insistindo no que julgamos necessário
Não mais, apressados somos
Mas como folhas aguardando orvalho
(Gabriel Holanda)
Um Grito que Amansou
Qual o sentido da avaliação de poesias?
Se for para separar as medíocres, aceito!
Mas como averiguar o potencial de invasividade de uma frase?
Não é pertinente medir o efeito
Que causa um verso em mim ou em você
Depois fazer uma média e dar uma nota
A poesia não deve ser avaliada
Nem medida
Nem tampouco explicada
Deve ser sentida, respirada, vivida
Tem poder de arrepiar
Inundar os olhos
Contrair o maxilar
Revive um momento
Executa um sentimento
Alma e corpo a se alinhar
Quando vejo lá de cima
Sem querer brotou a rima
Que eu quis tanto evitar
E o que era pra ser grito
No final soou bonito
Tal qual fêmea mata o mundo
Pro filhote alimentar
(Gabriel Holanda)
Se for para separar as medíocres, aceito!
Mas como averiguar o potencial de invasividade de uma frase?
Não é pertinente medir o efeito
Que causa um verso em mim ou em você
Depois fazer uma média e dar uma nota
A poesia não deve ser avaliada
Nem medida
Nem tampouco explicada
Deve ser sentida, respirada, vivida
Tem poder de arrepiar
Inundar os olhos
Contrair o maxilar
Revive um momento
Executa um sentimento
Alma e corpo a se alinhar
Quando vejo lá de cima
Sem querer brotou a rima
Que eu quis tanto evitar
E o que era pra ser grito
No final soou bonito
Tal qual fêmea mata o mundo
Pro filhote alimentar
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
pensamento poesia um grito que amansou
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ih! Vê Daý!
Então eis que vem chegando a hora
Vai revelar o que tanto imaginei
Manda a saudade do que não vi embora
Que eu exponho muita coisa que guardei
Ih! Vê que até agora tudo deu certo
Toda aquela agonia a lugar algum levou
De maneira alguma, é que eu seja mais esperto
Mas de lá e Daý, sempre Deus nos ajudou
(Gabriel Holanda)
Vai revelar o que tanto imaginei
Manda a saudade do que não vi embora
Que eu exponho muita coisa que guardei
Ih! Vê que até agora tudo deu certo
Toda aquela agonia a lugar algum levou
De maneira alguma, é que eu seja mais esperto
Mas de lá e Daý, sempre Deus nos ajudou
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 27 de abril de 2010
Uns Dias (de transição)
Fim da escada
Início da estrada
Estrada de verdade
De alegria e sanidade
De revelia e bondade
Me dividiu por uns dias
Surgiram dúvidas indevidas
Me pus muito a pensar
No rumo das coisas
No rumo da arte
No rumo do ser
Com o sofrimento
Acertei os ponteiros
Agora melhor farei o viver
(Gabriel Holanda)
Início da estrada
Estrada de verdade
De alegria e sanidade
De revelia e bondade
Me dividiu por uns dias
Surgiram dúvidas indevidas
Me pus muito a pensar
No rumo das coisas
No rumo da arte
No rumo do ser
Com o sofrimento
Acertei os ponteiros
Agora melhor farei o viver
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 16 de março de 2010
Menino Montanha
Menino virando homem
Segura a barra e não chora
Segue a vida cantando
Permanece, não vai embora
Direito de errar
Tem.
Poder de mudar
Mantém.
Evita distribuir
Desdém.
Equilibra em fio fino
Engole a letra escarlate
Não deseja ser granfino
Mas mostrar a sua arte
Irmão forte, tá crescendo
Toma pra ti meu ombro
Serenidade sua na luta, estou vendo
E acredite, não me assombro
Nunca esperei menos
De ti, só recebo alegria
Quase nada remoemos
Espero retribuir algum dia
(Gabriel Holanda)
Segura a barra e não chora
Segue a vida cantando
Permanece, não vai embora
Direito de errar
Tem.
Poder de mudar
Mantém.
Evita distribuir
Desdém.
Equilibra em fio fino
Engole a letra escarlate
Não deseja ser granfino
Mas mostrar a sua arte
Irmão forte, tá crescendo
Toma pra ti meu ombro
Serenidade sua na luta, estou vendo
E acredite, não me assombro
Nunca esperei menos
De ti, só recebo alegria
Quase nada remoemos
Espero retribuir algum dia
(Gabriel Holanda)
Marcadores:
poesia homenagem menino montanha
Anti-Fragrância
Exercito a humildade
Mas aprendi a não pedir
Uma ajuda, por favor
Você nem toca no assunto
Fico tão diminuído
Na sua frente, seu doutor
Não entendo essa distância
Tanto a gente se afastou
Já não sinto sua fragrância
Parece que tudo acabou
Sinto falta de uma época
Não precisava pedir licença
Momentaneamente viro um peso
Que te perturba como doença
(Gabriel Holanda)
Mas aprendi a não pedir
Uma ajuda, por favor
Você nem toca no assunto
Fico tão diminuído
Na sua frente, seu doutor
Não entendo essa distância
Tanto a gente se afastou
Já não sinto sua fragrância
Parece que tudo acabou
Sinto falta de uma época
Não precisava pedir licença
Momentaneamente viro um peso
Que te perturba como doença
(Gabriel Holanda)
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Visão no Espelho
Desde o início fomos um
Toda dor e alegria em dobro
Ante a ti me ajoelho
Hoje, homens, vejo um irmão
Não mais novo, diferente
Mas o percebo no espelho
Almas fundidas
E cada qual no seu navio
Mais que amigas
Da saudade virei pavio
Irmão que zelei
E cuidei da sua ferida
Há muito tempo já sei
Nosso amor vai além da vida
Te espero em silêncio
Guardo forças pro abraço
Seco as lágrimas do rosto
E finjo esquecer o cansaço
Me desculpe a simplicidade
Destes versos talvez infantis
Impossível escrever a verdade
Quando não se trata de Y mais X
Volta irmão,
Sem você só vou levando
Junto à minha, quero tua mão
Pra sempre amado Fernando.
(Gabriel Holanda)
Toda dor e alegria em dobro
Ante a ti me ajoelho
Hoje, homens, vejo um irmão
Não mais novo, diferente
Mas o percebo no espelho
Almas fundidas
E cada qual no seu navio
Mais que amigas
Da saudade virei pavio
Irmão que zelei
E cuidei da sua ferida
Há muito tempo já sei
Nosso amor vai além da vida
Te espero em silêncio
Guardo forças pro abraço
Seco as lágrimas do rosto
E finjo esquecer o cansaço
Me desculpe a simplicidade
Destes versos talvez infantis
Impossível escrever a verdade
Quando não se trata de Y mais X
Volta irmão,
Sem você só vou levando
Junto à minha, quero tua mão
Pra sempre amado Fernando.
(Gabriel Holanda)
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Poeira e Barro
Na solidão o homem se forja
Sente a força da consciência
O inimigo é a vontade
Como fruta que amadurece
Pesa no pé, entorta o galho
Dá sabor como caridade
Ensino a mim mesmo
O controle das emoções
Já não caminho tão a esmo
Por entre esses turbilhões
Óh estrada remendada
Barro batido e poeira densa
Ora no meio, ora calçada
Firmo escolha mais que intensa
(Gabriel Holanda)
Sente a força da consciência
O inimigo é a vontade
Como fruta que amadurece
Pesa no pé, entorta o galho
Dá sabor como caridade
Ensino a mim mesmo
O controle das emoções
Já não caminho tão a esmo
Por entre esses turbilhões
Óh estrada remendada
Barro batido e poeira densa
Ora no meio, ora calçada
Firmo escolha mais que intensa
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Acredite, Estou Aqui
Toda dor é passageira
Pode crer, a sua também é minha
Antes eu sentisse só
Certamente, menos doeria
Me perdoe a impaciência
O nervosismo e até a pressa
Se é o que mostro na aparência
Quando o coração não se arremessa
Uma vez, sendo criado
Desejei roubar seu desconforto
Aprendo hoje, desapontado
Cada barco ruma pro seu próprio porto
Por dentro sinto derreter
Mas mantenho a fachada de pedra
Não me permito transparecer
Nada que te desalegra
Pássaro de asa quebrada
Te levo pra voar comigo
É muito mais fácil se recuperar
Ao lado de um filho, e melhor amigo...
(Gabriel Holanda)
Pode crer, a sua também é minha
Antes eu sentisse só
Certamente, menos doeria
Me perdoe a impaciência
O nervosismo e até a pressa
Se é o que mostro na aparência
Quando o coração não se arremessa
Uma vez, sendo criado
Desejei roubar seu desconforto
Aprendo hoje, desapontado
Cada barco ruma pro seu próprio porto
Por dentro sinto derreter
Mas mantenho a fachada de pedra
Não me permito transparecer
Nada que te desalegra
Pássaro de asa quebrada
Te levo pra voar comigo
É muito mais fácil se recuperar
Ao lado de um filho, e melhor amigo...
(Gabriel Holanda)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Degraus Impuláveis
Teimamos em prever dificuldades
Não há como pular etapas
Cada degrau ajusta o passo de cima
Previsão despreparada gera falta de vontade
Cultivando o desespero, aumenta a inércia
Só o verso anterior arma a base da rima
Não quero apressar o conhecimento
Pois dentro de mim, pode virar peçonha
Tudo o que não preciso é atropelar meu momento
Quando perceber, cresci como teia de aranha
(Gabriel Holanda)
Não há como pular etapas
Cada degrau ajusta o passo de cima
Previsão despreparada gera falta de vontade
Cultivando o desespero, aumenta a inércia
Só o verso anterior arma a base da rima
Não quero apressar o conhecimento
Pois dentro de mim, pode virar peçonha
Tudo o que não preciso é atropelar meu momento
Quando perceber, cresci como teia de aranha
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Pende e Maravilha
Bela flor, cheiro encorpado
Esperança, nela eu pus
Arranco de mim todo o passado
E caminho em direção à luz
Como é bom sentir a vida
Acompanhar um florescer
Com a leveza do teu rosto
O mundo todo quero ver
Momentos ásperos e de bonança
Completam quem sabe lidar
Como um barco que balança
Mas colhe peixe ao navegar
(Gabriel Holanda)
Esperança, nela eu pus
Arranco de mim todo o passado
E caminho em direção à luz
Como é bom sentir a vida
Acompanhar um florescer
Com a leveza do teu rosto
O mundo todo quero ver
Momentos ásperos e de bonança
Completam quem sabe lidar
Como um barco que balança
Mas colhe peixe ao navegar
(Gabriel Holanda)
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Desistência ConfortAmôr
Deixando de lado toda a falta de noção
Por vezes deixamos de lado o fator humano
Nos enfiamos em caixa pequena e desagradável
Batemos os pregos, selando a saída
Mas se é pra desistir
Desistiremos como homens
Sentindo da culpa, todo o torpor
Resumiu meu irmão
O que eu não soube dizer
Desistirei confortado pelo amor
(Gabriel Holanda)
Por vezes deixamos de lado o fator humano
Nos enfiamos em caixa pequena e desagradável
Batemos os pregos, selando a saída
Mas se é pra desistir
Desistiremos como homens
Sentindo da culpa, todo o torpor
Resumiu meu irmão
O que eu não soube dizer
Desistirei confortado pelo amor
(Gabriel Holanda)
Jardim Murado
Se o sofrimento tem hora para acabar
Ao final a cabeça aumenta seu sofrer
O tempo parece então correr devagar
E volta e meia o relógio tende a inverter
Poucos dias separam a tristeza da alegria
Ausente por vezes me sinto deste ambiente
Ao início de Março, o Sol cortará um lindo dia
E sorrirei, com a alma mais que contente
Tristeza é um muro entre dois jardins
Kahlil Gibran disse sabiamente
Logo logo pulo dele para um ou outro
E derrubo esse muro que me aflige a mente
(Gabriel Holanda)
Ao final a cabeça aumenta seu sofrer
O tempo parece então correr devagar
E volta e meia o relógio tende a inverter
Poucos dias separam a tristeza da alegria
Ausente por vezes me sinto deste ambiente
Ao início de Março, o Sol cortará um lindo dia
E sorrirei, com a alma mais que contente
Tristeza é um muro entre dois jardins
Kahlil Gibran disse sabiamente
Logo logo pulo dele para um ou outro
E derrubo esse muro que me aflige a mente
(Gabriel Holanda)
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Loucura Muda
Nada digo, calo-me
Não vão entender
De máscara, armo-me
Meu rosto não vão ver
Silêncio, melhor remédio
Tortura, de quem recebe
Inércia, aproveito o tédio
Insensibilidade, já não percebe
Indo,
Não cheguei a ir
Mas como se tivesse ido,
Comecei a cair
Caí de dor
Já sem sentido
Caí de amor
Em outra vida
Minhas palavras li
Dessa vez confesso
Nem eu mesmo me entendi
(Gabriel Holanda)
Não vão entender
De máscara, armo-me
Meu rosto não vão ver
Silêncio, melhor remédio
Tortura, de quem recebe
Inércia, aproveito o tédio
Insensibilidade, já não percebe
Indo,
Não cheguei a ir
Mas como se tivesse ido,
Comecei a cair
Caí de dor
Já sem sentido
Caí de amor
Em outra vida
Minhas palavras li
Dessa vez confesso
Nem eu mesmo me entendi
(Gabriel Holanda)
domingo, 3 de janeiro de 2010
Ao Longe
Vejo pessoas queridas num quadrado
Elas se mexem, riem, falam
Quadro com voz, um pouco embassado
No meio da conversa, todos se calam
Quase os toquei
E senti o cheiro
A cabeça confusa
Como torto tabuleiro
Falha da comunicação
Não há mais o que fazer
Vejo ao longe o farol do Capão
Que já tende a desaparecer
Hora de dormir
Me despeço aos fantasmas
Escrevendo qualquer besteira
Pra amenizar estas lástimas
(Gabriel Holanda)
Elas se mexem, riem, falam
Quadro com voz, um pouco embassado
No meio da conversa, todos se calam
Quase os toquei
E senti o cheiro
A cabeça confusa
Como torto tabuleiro
Falha da comunicação
Não há mais o que fazer
Vejo ao longe o farol do Capão
Que já tende a desaparecer
Hora de dormir
Me despeço aos fantasmas
Escrevendo qualquer besteira
Pra amenizar estas lástimas
(Gabriel Holanda)
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Senil Amigo Traído
Rompe as algemas dos pulsos
Te liberta do que tu mesmo criastes
O homem que se coloca entre ursos
Não enxerga de Deus, as belas artes
Homem feito, dito crescido
Guarda no rosto as marcas do tempo
Seu pescoço, ao céu se dobra
Experiência que não o guiou
Criou a lama e se afogou
No abrigo do lar foi picado por cobra
Companheiro de jornada
A vida é boa se souberes ver
Acerta o rumo da caminhada
Só assim terás o que mereces colher
Nossa conversa de uma hora
Angustiou-me, passou pavor
Guardei em mim tudo o que jogaste fora
Num desabafo de muita dor
Homem bom e idôneo, que com pouco se satifaz
Espero, sincero que seja feliz
Aprende com os erros e não esquece jamais
Ela, vestida como dama, era mera meretriz
Incapacidade de desejar o mal
Daí vem tua salvação
Deseja alegria, ela sim é vital
E já tens os céus na palma da mão
(Gabriel Holanda)
Te liberta do que tu mesmo criastes
O homem que se coloca entre ursos
Não enxerga de Deus, as belas artes
Homem feito, dito crescido
Guarda no rosto as marcas do tempo
Seu pescoço, ao céu se dobra
Experiência que não o guiou
Criou a lama e se afogou
No abrigo do lar foi picado por cobra
Companheiro de jornada
A vida é boa se souberes ver
Acerta o rumo da caminhada
Só assim terás o que mereces colher
Nossa conversa de uma hora
Angustiou-me, passou pavor
Guardei em mim tudo o que jogaste fora
Num desabafo de muita dor
Homem bom e idôneo, que com pouco se satifaz
Espero, sincero que seja feliz
Aprende com os erros e não esquece jamais
Ela, vestida como dama, era mera meretriz
Incapacidade de desejar o mal
Daí vem tua salvação
Deseja alegria, ela sim é vital
E já tens os céus na palma da mão
(Gabriel Holanda)
Natal Sobre-quilhado
Chegou o tão esperado Natal
Em todas as terras, a festa sublime
Famílias se reúnem e celebram em paz
Vinhos, mesas fartas
Vezes nem tão farta assim
Mas o espírito prevalece
Com o desejo de um futuro melhor
Orações fervorosas
Mãos apertadas, troca de suor
Enquanto isso, semelhante festa se dá
A bordo de uma ilha de aço
Que balança ao sabor do mar
Homens valentes e corajosos
Se reúnem à volta de ceia
Carinhosamente preparada
Enquanto cortam as águas
Com a quilha pesada
O que nos vem à mente
É a passagem do Sol
No solstício de inverno
Para o hemisfério norte
Ansiosa é a espera por presentes
Mas mais ansiosa ainda
É a espera da família
Por aquele que está no mar
Esposas, filhos, irmãos e pais
Os aguardam na triunfante volta
Para a segurança e o aconchego do lar
Solitário em sua própria solidão,
Sorri numa mescla de saudade e tristeza
Introvertido, um turbilhão de pensamentos ocorre
Lembra de Natais distantes,
Mais felizes...
Na escuridão do oceano bravio
Uma enorme vaga explode no convés
O navio treme e se retorce
Numa lamentação solidária à sua tripulação
Eles, fortes homens do mar
Peitos forjados com a dureza do aço
Cumprem sua missão
Independente da especial data
São onze e meia, hora da ceia
O sorriso desaparece em nosso íntimo
Nos reunimos em prol de nossos costumes
É o Natal no mar.
É o Natal do navegante.
É o Natal da saudade.
É o Natal da espera...
(Gabriel Holanda)
Em todas as terras, a festa sublime
Famílias se reúnem e celebram em paz
Vinhos, mesas fartas
Vezes nem tão farta assim
Mas o espírito prevalece
Com o desejo de um futuro melhor
Orações fervorosas
Mãos apertadas, troca de suor
Enquanto isso, semelhante festa se dá
A bordo de uma ilha de aço
Que balança ao sabor do mar
Homens valentes e corajosos
Se reúnem à volta de ceia
Carinhosamente preparada
Enquanto cortam as águas
Com a quilha pesada
O que nos vem à mente
É a passagem do Sol
No solstício de inverno
Para o hemisfério norte
Ansiosa é a espera por presentes
Mas mais ansiosa ainda
É a espera da família
Por aquele que está no mar
Esposas, filhos, irmãos e pais
Os aguardam na triunfante volta
Para a segurança e o aconchego do lar
Solitário em sua própria solidão,
Sorri numa mescla de saudade e tristeza
Introvertido, um turbilhão de pensamentos ocorre
Lembra de Natais distantes,
Mais felizes...
Na escuridão do oceano bravio
Uma enorme vaga explode no convés
O navio treme e se retorce
Numa lamentação solidária à sua tripulação
Eles, fortes homens do mar
Peitos forjados com a dureza do aço
Cumprem sua missão
Independente da especial data
São onze e meia, hora da ceia
O sorriso desaparece em nosso íntimo
Nos reunimos em prol de nossos costumes
É o Natal no mar.
É o Natal do navegante.
É o Natal da saudade.
É o Natal da espera...
(Gabriel Holanda)
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Vampiridade Harmônica
Desvendar a harmonia
Briga do querer e pular
Bate leve nostalgia
Mas é impossível parar
De música vive a mente
Preciso a conhecer
Se quiser botar no papel
Tudo que minha alma sente
Só palavras já não bastam
Necessito algo mais
Intervalos que se encaixam
E não esqueço jamais
Não paro, nem tão cedo
Releio a página, me reviro
O desconhecido, escrevo
Deste livro, me tornei vampiro
(Gabriel Holanda)
Briga do querer e pular
Bate leve nostalgia
Mas é impossível parar
De música vive a mente
Preciso a conhecer
Se quiser botar no papel
Tudo que minha alma sente
Só palavras já não bastam
Necessito algo mais
Intervalos que se encaixam
E não esqueço jamais
Não paro, nem tão cedo
Releio a página, me reviro
O desconhecido, escrevo
Deste livro, me tornei vampiro
(Gabriel Holanda)
Saudade
Aperta, dói
Faz crescer, ouvir
Cada sentido, corrói
A mesma que dá força
Agride e mata
Põe o pescoço na forca
E faz renascer do nada
(Gabriel Holanda)
Faz crescer, ouvir
Cada sentido, corrói
A mesma que dá força
Agride e mata
Põe o pescoço na forca
E faz renascer do nada
(Gabriel Holanda)
Universos Distintos
Como escreve o que se sente?
Como chega a quem lê?
E se digo que a palavra mente
Será o problema eu ou você?
Se digo amor ou simpatia
Lerás dor ou apatia
Penso no silêncio, sai o grito
Queima como aguardente invadindo seu ouvido
Não nascemos para tanto
Nunca vamos nos entender
Não me questione, fique no seu canto
E eu continuo a escrever
(Gabriel Holanda)
Como chega a quem lê?
E se digo que a palavra mente
Será o problema eu ou você?
Se digo amor ou simpatia
Lerás dor ou apatia
Penso no silêncio, sai o grito
Queima como aguardente invadindo seu ouvido
Não nascemos para tanto
Nunca vamos nos entender
Não me questione, fique no seu canto
E eu continuo a escrever
(Gabriel Holanda)
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Tetricidade à Prova
Enquanto arrasto corrente
Você se senta, contente
Não sei se a morte te rodeia
Ou a mim que é alheia
Talvez seja o contrário
Mas não posso mais parar
Assim faço minha vida
Minha estrada, meu cantar
Se eu sentisse como se sente
E você abrisse a mente
Num sublime despertar
Largarias toda a métrica
E por inteiro eu congelaria
Imerso em sua vida tétrica
Quem espera nunca alcança
Corre, sempre há tempo
Tosse a fumaça e inala o ar
Como mãe, sendo relapsa
Só o choro da criança
Pra fazê-la acordar
(Gabriel Holanda)
Você se senta, contente
Não sei se a morte te rodeia
Ou a mim que é alheia
Talvez seja o contrário
Mas não posso mais parar
Assim faço minha vida
Minha estrada, meu cantar
Se eu sentisse como se sente
E você abrisse a mente
Num sublime despertar
Largarias toda a métrica
E por inteiro eu congelaria
Imerso em sua vida tétrica
Quem espera nunca alcança
Corre, sempre há tempo
Tosse a fumaça e inala o ar
Como mãe, sendo relapsa
Só o choro da criança
Pra fazê-la acordar
(Gabriel Holanda)
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Divergência
Sentidos opostos
Mentes inelásticas
Me ponho a postos
Cederei ante à estática
Se quero vinho
Vem-me água
Se peço carinho
Transparece minha mágoa
Ponto de equilíbrio
Tudo que peço saber
Ver um botão de Lírio
Antes do dia amanhecer
(Gabriel Holanda)
Mentes inelásticas
Me ponho a postos
Cederei ante à estática
Se quero vinho
Vem-me água
Se peço carinho
Transparece minha mágoa
Ponto de equilíbrio
Tudo que peço saber
Ver um botão de Lírio
Antes do dia amanhecer
(Gabriel Holanda)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Motivo pra Viver
Hoje soube sob qual forma virá
Encarnando como menina
Traz tua alma clara para cá
Com tua beleza nos fascina
Vejo uma bebê linda
Aprendiz, esperta
Engatinhando curiosa
Brinca com coisas coloridas
Nos diverte com sua gargalhada
Dos diamantes, és nossa mina
Das rosas, a mais rosada
Filha, novo motivo
Mais mil anos quero viver
Serei o melhor amigo
Que neste mundo irás conhecer
Choro, choro muito
Mas são lágrimas de alegria
Derramo-as com o melhor intuito
De te apresentar a fantasia
Melhor coisa que já fizemos
Felicidade de sua mãe e minha
Não sei se tanto merecemos
O esplendor da tua companhia
Pode deixar, faremos por onde
Dorme tranquila enquanto te zelo
Papai nunca estará longe
Mais brilhante que ouro já é o nosso elo
(Gabriel Holanda)
Encarnando como menina
Traz tua alma clara para cá
Com tua beleza nos fascina
Vejo uma bebê linda
Aprendiz, esperta
Engatinhando curiosa
Brinca com coisas coloridas
Nos diverte com sua gargalhada
Dos diamantes, és nossa mina
Das rosas, a mais rosada
Filha, novo motivo
Mais mil anos quero viver
Serei o melhor amigo
Que neste mundo irás conhecer
Choro, choro muito
Mas são lágrimas de alegria
Derramo-as com o melhor intuito
De te apresentar a fantasia
Melhor coisa que já fizemos
Felicidade de sua mãe e minha
Não sei se tanto merecemos
O esplendor da tua companhia
Pode deixar, faremos por onde
Dorme tranquila enquanto te zelo
Papai nunca estará longe
Mais brilhante que ouro já é o nosso elo
(Gabriel Holanda)
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
O Eclipse de um Santo
Vejo um homem simples
Qual velho pescador
Chapéu rodado de palha
Debruçado na madeira, no metal
Falar calmo e disfarçado
Em um dia mais que normal
Cabelos e barba branca
Esvoaçam ao vento
É só mais um de seus trabalhos
Atrás de embaçada lente
Da catarata eclipsante
Encobre como quem mente
Um sentimento em retalhos
Dura vida... vida dura
Antes não durasse tanto
Pois nunca verá a formosura
Dos contornos de um santo
(Gabriel Holanda)
Qual velho pescador
Chapéu rodado de palha
Debruçado na madeira, no metal
Falar calmo e disfarçado
Em um dia mais que normal
Cabelos e barba branca
Esvoaçam ao vento
É só mais um de seus trabalhos
Atrás de embaçada lente
Da catarata eclipsante
Encobre como quem mente
Um sentimento em retalhos
Dura vida... vida dura
Antes não durasse tanto
Pois nunca verá a formosura
Dos contornos de um santo
(Gabriel Holanda)
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Coma Induzido
Quem joga a vida fora
Tranca num quarto sujo
Derrete a chave e faz um cachimbo
Escorre a consciência na calçada
Na rua encontra o não-saber
Do asfalto se torna o limbo
Alma vagando ao léu
Se cobre atrás de podre véu
Tudo o que tem provém do fel
E não distingue o inferno do céu
O mundo não acabou
O outono virá com seu aroma
Mas a flor que não desabroxou
Só verás se acordares do coma
Enquanto respiras, larga o crack
Morde a existencia como um alicate
Faz da vida um rio limpo
Antes que o xeque seja mate
(Gabriel Holanda)
Tranca num quarto sujo
Derrete a chave e faz um cachimbo
Escorre a consciência na calçada
Na rua encontra o não-saber
Do asfalto se torna o limbo
Alma vagando ao léu
Se cobre atrás de podre véu
Tudo o que tem provém do fel
E não distingue o inferno do céu
O mundo não acabou
O outono virá com seu aroma
Mas a flor que não desabroxou
Só verás se acordares do coma
Enquanto respiras, larga o crack
Morde a existencia como um alicate
Faz da vida um rio limpo
Antes que o xeque seja mate
(Gabriel Holanda)
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Vale das Rugas
O Sol desponta no fim do mar
A lágrima desce
Rasga a velha ruga
E abre espaço pro desabafar
Sonho vem, realidade se vai
Inverte, transcende, revive
Passa e sai
Jogo o sonho fora
Rasgo o livro do pensar e ando
Caminho tão longo quanto estreito
Piso no vazio, enlaço a insônia
Só durmo quando retirado o espinho
Cravado no meio do peito
(Gabriel Holanda)
A lágrima desce
Rasga a velha ruga
E abre espaço pro desabafar
Sonho vem, realidade se vai
Inverte, transcende, revive
Passa e sai
Jogo o sonho fora
Rasgo o livro do pensar e ando
Caminho tão longo quanto estreito
Piso no vazio, enlaço a insônia
Só durmo quando retirado o espinho
Cravado no meio do peito
(Gabriel Holanda)
Surda Nossa Língua
Quem não muda, a vida enmuda
Diz o ditado que inventei
Eu sou um que preciso de ajuda
Mas de onde virá, nunca sei
Quando perdido me encontro
Recorro sempre à sintaxe
Corro de um a outro ponto
E faço o cálculo da paralaxe
Não julgai para nao serde julgado
Disse alguém em tempo vasto
Mas de sangue tenho o corpo molhado
Pendurando tua cabeça no mastro
Contradição é um bicho feroz
E sempre ataca a todos nós
Mudar, falar menos, ouvir mais
Tudo o que se quer fazer, mas dificilmente se faz
(Gabriel Holanda)
Diz o ditado que inventei
Eu sou um que preciso de ajuda
Mas de onde virá, nunca sei
Quando perdido me encontro
Recorro sempre à sintaxe
Corro de um a outro ponto
E faço o cálculo da paralaxe
Não julgai para nao serde julgado
Disse alguém em tempo vasto
Mas de sangue tenho o corpo molhado
Pendurando tua cabeça no mastro
Contradição é um bicho feroz
E sempre ataca a todos nós
Mudar, falar menos, ouvir mais
Tudo o que se quer fazer, mas dificilmente se faz
(Gabriel Holanda)
Menina Anjo
Menina que não sabe o valor que tem
Beleza inestimável aos meus olhos e alma
Aproveito meu momento zen
Para referir-me a ti com toda calma
Basta-me teu olhar para me acolher
Como um só, por entre raios já caminhamos
Da nossa união, cumprindo o dever
De realizar o que sempre sonhamos
Alma gêmea da minha
Sentido extra-fisiológico
Aponta-me a estrela guia
Para um caminho mais que lógico
Festa dos anjos
Lá iremos
Um só espírito
Venceremos
Toda dor se fará longe
Ao fim, com a calma de um monge
Voltando para de onde viemos
Só te prometo a alegria
Meu sorriso, minha risada
E no amanhecer de cada dia,
Serei teu anjo da guarda
Presente mesmo distante
Nunca digo adeus
E não esqueço nem um instante
Que os meus filhos também serão teus
(Gabriel Holanda)
Beleza inestimável aos meus olhos e alma
Aproveito meu momento zen
Para referir-me a ti com toda calma
Basta-me teu olhar para me acolher
Como um só, por entre raios já caminhamos
Da nossa união, cumprindo o dever
De realizar o que sempre sonhamos
Alma gêmea da minha
Sentido extra-fisiológico
Aponta-me a estrela guia
Para um caminho mais que lógico
Festa dos anjos
Lá iremos
Um só espírito
Venceremos
Toda dor se fará longe
Ao fim, com a calma de um monge
Voltando para de onde viemos
Só te prometo a alegria
Meu sorriso, minha risada
E no amanhecer de cada dia,
Serei teu anjo da guarda
Presente mesmo distante
Nunca digo adeus
E não esqueço nem um instante
Que os meus filhos também serão teus
(Gabriel Holanda)
Depre-Opressão
Sinto, logo sofro
Entre cobras, por dentro cresço como mofo
À volta encolho
Reduzo a caroço
Abro a mente
Reduzo gestos
Observo a serpente
Engulo toda a enchente
E devolvo sistematicamente
Gelado e calculado
Utilizo-me do vício
Fim sei que há de ter
Mas já não lembro do início
Num movimento bem ensaiado
Desarmo alarmes e sirenes
No dia-a-dia cronometrado
Estrangulo-me, tudo treme
Treme de proa à popa
Vibra a superestrutura
Rasga a carne de minh'alma
De aço e sangue já sou mistura
(Gabriel Holanda)
Entre cobras, por dentro cresço como mofo
À volta encolho
Reduzo a caroço
Abro a mente
Reduzo gestos
Observo a serpente
Engulo toda a enchente
E devolvo sistematicamente
Gelado e calculado
Utilizo-me do vício
Fim sei que há de ter
Mas já não lembro do início
Num movimento bem ensaiado
Desarmo alarmes e sirenes
No dia-a-dia cronometrado
Estrangulo-me, tudo treme
Treme de proa à popa
Vibra a superestrutura
Rasga a carne de minh'alma
De aço e sangue já sou mistura
(Gabriel Holanda)
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Vida da Minha Vida
Ah! Como é bom viver,
Viver e aprender com você,
Fôstes um grão de arroz na palma da minha mão,
Mas na verdade, já estavas no ninho do meu coração.
O tempo passa, passa e passa,
Qual tempo de passar,
Tantas falhas dos caminhos
O tempo há de apagar.
Não se ganha um guia para a vida ensinar,
Mas hei de ser melhor
quando você chegar.
Rimas simples, fáceis de ler, eu escrevo pra você,
Meu lindo raio de sol,
Ensina-me a viver!
(Márcia Reis, minha mãe - à minha filha)
Viver e aprender com você,
Fôstes um grão de arroz na palma da minha mão,
Mas na verdade, já estavas no ninho do meu coração.
O tempo passa, passa e passa,
Qual tempo de passar,
Tantas falhas dos caminhos
O tempo há de apagar.
Não se ganha um guia para a vida ensinar,
Mas hei de ser melhor
quando você chegar.
Rimas simples, fáceis de ler, eu escrevo pra você,
Meu lindo raio de sol,
Ensina-me a viver!
(Márcia Reis, minha mãe - à minha filha)
A Mentira do Crescer
Como homem feito, não só choro
Estremeço, berro e me contorço
Cada músculo e cada osso
Num balé de torturar
Seco a testa na manga
E cuspo o azedo
Lágrimas na varanda,
Hoje já não tenho medo
Do que ver ao despertar
Mas receio é segurança
Experiência é uma criança
Que contradiz a aliança
Do crescer sem se chorar
Cresço.
Envelheço.
Me encolho e viro do avesso
Toda arte que aprendi
Num segundo já esqueço
Quando vejo, me perdi
E volto direto ao começo
(Gabriel Holanda)
Estremeço, berro e me contorço
Cada músculo e cada osso
Num balé de torturar
Seco a testa na manga
E cuspo o azedo
Lágrimas na varanda,
Hoje já não tenho medo
Do que ver ao despertar
Mas receio é segurança
Experiência é uma criança
Que contradiz a aliança
Do crescer sem se chorar
Cresço.
Envelheço.
Me encolho e viro do avesso
Toda arte que aprendi
Num segundo já esqueço
Quando vejo, me perdi
E volto direto ao começo
(Gabriel Holanda)
Telhado Errante
Sinceramente estou com o peito apertado e aflito
Hoje tive acesso à tua poesia
Me admirou a forma como postes pra fora o grito
Pelo telhado que o amassou devido à ventania
Sei que todos temos mágoas
Somos errantes, humanos
Mas nao crucificai ao próximo
Pela dor imposta ao longo dos anos
Por um minuto, meu coração parou de bater
A garganta trancou o grito oprimido
Não sei se o que dizes é ser ou nao ser
Mas me dói o peito como se referes ao referido
Pelas mãos deste muito sofri
E por tempos, achei que não conseguiria levar
Mas me recorre à mente "Diferenças Semelhantes"
Que como mestre, detalhastes a arte de perdoar
O Deus dele, é o nosso Deus
Talvez falte uma lente mais aguçada
Não é facil enxergar do mesmo patamar
Quando se vê pela janela estilhaçada
Grande irmão amigo, abre o peito e perdoa
Que a vida passa rápido, como andorinha no verão
Assim encherás o vazio do peito que desabotoa
Pondo em prática toda a beleza e amor do teu coração
(Gabriel Holanda)
Hoje tive acesso à tua poesia
Me admirou a forma como postes pra fora o grito
Pelo telhado que o amassou devido à ventania
Sei que todos temos mágoas
Somos errantes, humanos
Mas nao crucificai ao próximo
Pela dor imposta ao longo dos anos
Por um minuto, meu coração parou de bater
A garganta trancou o grito oprimido
Não sei se o que dizes é ser ou nao ser
Mas me dói o peito como se referes ao referido
Pelas mãos deste muito sofri
E por tempos, achei que não conseguiria levar
Mas me recorre à mente "Diferenças Semelhantes"
Que como mestre, detalhastes a arte de perdoar
O Deus dele, é o nosso Deus
Talvez falte uma lente mais aguçada
Não é facil enxergar do mesmo patamar
Quando se vê pela janela estilhaçada
Grande irmão amigo, abre o peito e perdoa
Que a vida passa rápido, como andorinha no verão
Assim encherás o vazio do peito que desabotoa
Pondo em prática toda a beleza e amor do teu coração
(Gabriel Holanda)
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Semente Minha
Olhos grandes e singelos
Rosto liso e redondo
Te darei todo esmero
E desde já nada te escondo
No alvorecer de um dia não longe
O meu calor eu te darei
E desse mundo que a ferro tange
Tudo o que sei te ensinarei
Cópia do meu sangue
Fruto do meu amor
Enquanto forte te guardo em meus braços
E te protejo de toda dor
E quando o mundo entrar em seu mundo
Sempre por perto, estarei lá
Não posso tornar avarentos em mudos
Mas em meu colo poderás soluçar
Confidente, amigo, companheiro
Informante, cúmplice, mensageiro
Ante o mal, à morte beiro
A manter o sorriso do meu filho primeiro
Não te quero em calmaria
Mas servir-te de porto seguro
E que no ardor do dia-a-dia
Nosso amor se mantenha puro
Venha!
Cresça!
Eu te espero.
Viva!
Durma!
Te observo.
Puxe o ar e grite forte
Mais que pai, serei um norte
A cuidar-te como um servo
(Gabriel Holanda)
Rosto liso e redondo
Te darei todo esmero
E desde já nada te escondo
No alvorecer de um dia não longe
O meu calor eu te darei
E desse mundo que a ferro tange
Tudo o que sei te ensinarei
Cópia do meu sangue
Fruto do meu amor
Enquanto forte te guardo em meus braços
E te protejo de toda dor
E quando o mundo entrar em seu mundo
Sempre por perto, estarei lá
Não posso tornar avarentos em mudos
Mas em meu colo poderás soluçar
Confidente, amigo, companheiro
Informante, cúmplice, mensageiro
Ante o mal, à morte beiro
A manter o sorriso do meu filho primeiro
Não te quero em calmaria
Mas servir-te de porto seguro
E que no ardor do dia-a-dia
Nosso amor se mantenha puro
Venha!
Cresça!
Eu te espero.
Viva!
Durma!
Te observo.
Puxe o ar e grite forte
Mais que pai, serei um norte
A cuidar-te como um servo
(Gabriel Holanda)
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